quarta-feira, 13 de abril de 2011

...momentum...

Há coisas que fogem para longe
Com os nossos sonhos agarrados
Crimes em templos de monge
Os nossos Invernos enlaçados.

Aprendo contigo palavras que não sei
A melodia da música impossível
Como medos daquilo que errei
Que passando, faz-se inesquecível.

E ainda existem dias incontáveis
Perdidos no cinzento do Outono
Chuva nas mãos, beijos incansáveis
Estrela que me tira o sono.

Roubando os escudos de aço
Que só agora acredito existirem
Protecções fugazes no abraço
Que amaste sem outros rirem.

Quando passo por ti, vejo o fogo
O hectare que escolheste queimar
O único espaço em mim que rogo
Não perder, ter e não mostrar.

E se disserem que o vento nos ouviu
Foi a ilusão da tua ausência
A única lembrança que surgiu
Um único mundo sem violência.

Quando a natureza te construiu
Fez-se no limite de seres perfeita
Foi a primeira vez que o mundo ruiu
…tentando perceber de que és feita.





13.04.2011